Agora que as festas de Natal já passaram, época solidária do ano por excelência, e que a grande final do IV Concurso Publicação Solidária da Fundação Universitária Iberoamericana está chegando ao seu clímax, é um bom momento para analisar a importância da solidariedade no mundo atual.
Objetivos e ações concretos
A solidariedade é um conceito amplo que abrange todos os tipos de ações realizadas sem esperar nada em troca, buscando um bem comum, estando geralmente associada a causas inspiradoras, mas intangíveis, ou pelo menos pouco quantificáveis. Precisamente, para estabelecer objetivos mais concretos e facilitar o trabalho conjunto de todos os países, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou, em 2016, o Relatório dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O relatório estabelece 17 objetivos a serem cumpridos em diversas áreas da solidariedade até 2030. Esses objetivos variam desde erradicar a fome no mundo, garantir uma educação de qualidade e a igualdade de gênero até alcançar a paz no mundo, preservar a vida submarina ou limpar o ambiente e frear a mudança climática.
A ONU também estabelece várias pequenas ações que podem ser realizadas em nosso dia a dia para nos aproximarmos dos objetivos que devem ser cumpridos na próxima década.
O ambiente e as mudanças climáticas
Se existem elementos que, nas primeiras décadas do século XXI, irromperam como as grandes causas da solidariedade nos dias de hoje são a mudança climática e o desenvolvimento sustentável. Em um mundo cada vez mais poluído, com mais ecossistemas ameaçados, espécies animais em risco de extinção e cada vez mais estudos alertando sobre a deterioração do planeta, pouco a pouco os Estados e as grandes empresas partem para a ação. Um exemplo disso são os Acordos de Paris aprovados em 2015 e assinados em 2016, dos quais os Estados Unidos se retiraram recentemente.
O papel crucial das ONGs
Neste envolvimento progressivo de governos, instituições e empresas na causas solidárias, há um ator que tem desempenhado um papel de liderança: as ONGs. Inicialmente, essas organizações chegam onde as políticas governamentais não alcançam, mas sua tarefa é, se possível, mais importante quando se trata de divulgar situações ou de conscientizar as sociedades sobre a necessidade de agir diante de injustiças. Como vimos na quarta edição do concurso Publicação Solidária, elas enfrentam situações desanimadoras e seu papel é agora mais importante do que nunca.