A FUNIBER se junta hoje, dia 8 de setembro, ao Dia Internacional da Alfabetização, uma jornada de conscientização mundial instaurada em 1965 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), organismo que estima em pelo menos 750 milhões o número de pessoas iletradas no mundo atualmente.
Em decorrência que do fato de que o analfabetismo possa parecer um problema minoritário ou do passado, os números oferecidos pela UNESCO apontam uma realidade bem diferente. Calcula-se que dois terços das pessoas que não dispõem das habilidades e competências básicas de leitura, escrita e cálculo são mulheres; também se estima que mais de 100 milhões são de jovens entre 15 e 24 anos. De acordo com a UNESCO, este atraso no acesso a uma educação básica é, além de tudo, um problema que impede que muitos dos 192 milhões de desempregados em todo o mundo consigam um emprego.
O Dia Internacional da Alfabetização é uma iniciativa que a UNESCO estabeleceu há mais de cinco décadas, no marco do Congresso Mundial de Ministros da Educação sobre a Erradicação do Analfabetismo, celebrado em Teerã (Irã). Naquela ocasião, estabeleceu-se a “alfabetização funcional” como uma ferramenta chave no desenvolvimento e não como um fim em si mesma, uma errônea percepção estendida ainda na atualidade. Esta ideia da alfabetização como instrumento se manteve quando a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou em 2015 os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, sendo o de número 4 a garantia do acesso a uma educação de qualidade.
Metas para superar o analfabetismo
Os propósitos da ONU em matéria de educação em sua Agenda 2030 incluem garantir o acesso a uma educação primária e secundária gratuita e de qualidade, erradicar o analfabetismo entre os mais jovens e reduzi-lo ao máximo entre os já adultos, eliminar a disparidade de gênero na educação, garantir o acesso das pessoas com deficiências e necessidades especiais ao ensino e aos centros educativos, assegurar o acesso a formações superiores e profissionais de qualidade e aumentar de forma significativa o número de pessoas com a formação necessária para adentar ao mercado laboral.
Outras das metas contemplam o aporte de elementos que são vistos como essenciais para o cumprimento dos propósitos mencionados anteriormente, como é o caso do aumento considerável do número de bolsas e ajuda ao estudo a nível mundial e um aumento substancial na oferta de docentes qualificados para países em vias de desenvolvimento, objetivo no qual se valoriza também a possibilidade de fomentar a cooperação internacional.
Prêmios Internacionais de Alfabetização da UNESCO
Desde 1967 e com a intenção de premiar a excelência e a inovação em matéria de alfabetização, a UNESCO concede os Prêmios Internacionais de Alfabetização a iniciativas que promovam a alfabetização de maneira eficaz. Os prêmios são entregues anualmente na véspera do Dia Internacional da Alfabetização, e atualmente existem duas categorias:
- O Prêmio de Alfabetização UNESCO-Rey Sejong; estabelecido em 1989 e do qual são entregues dois prêmios a cada ano. Conta com o apoio do governo sul coreano, pelo qual leva o nome de um célebre monarca coreano. Presta atenção a iniciativas relacionadas com o desenvolvimento e a alfabetização em língua materna.
- O Prêmio UNESCO-Confúcio de Alfabetização; entregue desde 2005 a três premiados em cada edição, concentrando-se em projetos que aproximem a alfabetização a zonas rurais e a jovens não escolarizados, particularmente meninas e mulheres. É um prêmio que conta com o apoio do governo chinês.
Iniciativas contra o analfabetismo
Atualmente, há uma infinidade de projetos que combatem o analfabetismo no mundo e apesar da grande maioria talvez nunca adquirir a notoriedade e os prêmios merecidos, todos eles causam um imenso impacto e empregam seu “grãozinho de areia” para construir um mundo melhor. Exemplos magníficos de iniciativas a favor da alfabetização são a Escuela de Mujeres de Frente em Quito (Equador), iniciada como um projeto pela alfabetização de detentas e que atualmente oferece classes para mulheres de todas as idades e diferentes procedências, a Escola flutuante idealizada por um professor filipino para conseguir aproximar a educação às crianças que não dispunham de meios para ir para a escola, ou a iniciativa do povo indiano de Bhilar de converter casas particulares em bibliotecas públicas.
Alfabetização e o desenvolvimento de competências, lema de 2018
A definição de alfabetização foi modificada desde que se instaurou o Dia Internacional da Alfabetização, onde a UNESCO deseja enfatizar aspectos do ensino a cada ano. Sendo assim, em 2017, o tema escolhido foi a alfabetização na era digital, com o qual se fomentou a aprendizagem das habilidades necessárias para aproveitar o que nos oferecem as novas tecnologias, sendo que este ano será dada atenção à alfabetização e o desenvolvimento de competências, com o qual se dará especial ênfase ao desenvolvimento de capacidades que podem satisfazer as necessidades do mercado de trabalho em cada momento.
O papel das formações a distância
O crescimento das formações não presenciais dá uma ideia da importância que estas podem adquirir em um futuro não muito distante, particularmente relacionando com o que o Dia Internacional da Alfabetização pode oferecer com a temática de 2018, uma vez que são oferecidas formação e capacitações profissionais em disciplinas muito diferentes a pessoas que podem encontrar-se em dificuldades de comparecer presencialmente a estas classes nas escolas e centros educacionais.
Nesta linha, a intenção da FUNIBER é precisamente facilitar o acesso a toda classe de pessoas a mestrados, doutoras e especializações universitárias de qualidade, por isso patrocinando as titulações superiores on-line da rede universitária com a qual colabora. Ainda assim, a Fundação oferece facilidades econômicas para poder cursar as formações mediante seu Programa de Bolsas, um sistema de auxílios ao estudo na mesma sintonia com os objetivos estabelecidos pela UNESCO na Agenda 2030.
A adesão da FUNIBER ao Dia Internacional da Alfabetização ratifica o sólido compromisso da Fundação com a Responsabilidade Social Coorporativa, demonstrando mais uma vez sua vontade de promover a educação, o conhecimento e a cultura, assim como de perpetuar o pensamento crítico e a criatividade, princípios que estão estreitamente relacionados com todas e cada uma das atividades que a FUNIBER realiza.