Natalí de Oliveira Alencar é a ganhadora do IV Concurso Publicação Solidária com um emocionante texto sobre a ONG Centro de Valorização da Vida (CVV). Esta aluna brasileira, natural de São Paulo, está estudando o Mestrado em Comunicação, patrocinado pela Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER) com titulação pela Universidad Europea del Atlántico (UNEATLÁNTICO).
O prêmio por ter alcançada a vitória da quarta edição do concurso da FUNIBER Publicação Solidária está avaliado em 1000€, em que a estudante brasileira decidiu doar para a ONG CVV.
Conversamos com a ganhadora do IV Concurso Publicação Solidária para conhecer como foi sua experiência com o concurso:
Como conheceu o concurso?
Tomei ciência do concurso quando estava estudando uma das disciplinas do Mestrado no ambiente EAD da Funiber. Vi o banner, cliquei e decidi me inscrever.
Por que você decidiu participar do concurso?
Porque escrever é uma das minhas paixões e vi a possibilidade de ajudar uma ONG que eu também tenho profunda admiração pelo seu trabalho, que é o CVV (Centro de Valorização da Vida).
Saber que essa união ajudaria a ampliar a discussão sobre um assunto extremamente delicado, como o suicídio e a conscientizar as pessoas para essa reflexão, me motivou ainda mais.
Ainda que eu não ganhasse, só o fato de participar e levar o artigo ao conhecimento das pessoas contribuiu para que muitos passassem a conhecer o CVV e o seu trabalho. Assim, certamente poderia ajudar quem estivesse passando por algum momento difícil e precisasse do apoio emocional que os voluntários disponibilizam diariamente para prevenir o suicídio.
Como promoveu seu texto nas semifinais e na final?
Foi um trabalho de muita união e dedicação coletiva. Acionei os meus contatos em todas as plataformas sociais pedindo para as pessoas lerem e votarem e isso foi expandindo, chegando a outras cidades, blogs e até rádios comunitárias. Os voluntários do CVV também abraçaram a causa de uma maneira muito amorosa, especialmente os do CVV Virtual. E aí a corrente foi crescendo. Minha família também foi decisiva e ajudou a divulgar o texto em muitos grupos.
O que destacaria do concurso?
Destaco principalmente o fato de ser um gesto solidário. Oficialmente, quem ganha o prêmio é a ONG e estimular isso nas pessoas é muito bom, principalmente num mundo onde somos estimulados a sermos egoístas, a só pensarmos no nosso bem-estar e não no coletivo.
Angariar os votos não é fácil, mas é uma tarefa também de incentivar a solidariedade, de fazer com que essas pessoas dediquem um minuto para ler algo e votar, sem também receber nada em troca.
A divulgação do concurso é um espaço que dá visibilidade ao trabalho das ONGS, inclusive com projeção internacional.
Como você avalia sua experiência em participar no IV Concurso Publicação Solidária?
O artigo recebeu oficialmente 4174 votos, mas o post alcançou 1,7 mil reações no Facebook, 526 compartilhamentos e 351 comentários. Números que jamais pensei atingir. Se contar que ao menos uma pessoa a mais foi impactada, porque um se comprometeu a passar adiante, a conta aumenta.
Mas, não são só números, são pessoas que abraçaram uma causa, que se sensibilizaram e foram motivadas a falar sobre prevenção do suicídio e passaram a conhecer ou reforçaram o que já sabiam do CVV (Centro de Valorização da Vida). É um tema extremamente delicado, mas que precisa ser falado.
Então, mais do que ganhar ou doar o valor recebido para o CVV, o prêmio maior é saber que a esperança não é utopia, é verdade, não é sonho, é realidade. É quando nos unimos e deixamos de ser egoístas, quando fazemos o bem, sem olhar a quem e foi exatamente isso que todos vocês fizeram. Esse bem caminhará ainda por muito e muito tempo e ajudará muitas pessoas. E isso não tem preço.
Você pensa em participar de próximos concursos?
Penso sim, mas também penso em dar espaço para que outros trabalhos sejam vistos e conhecidos.
Como soube das atividades do CVV? Por que você decidiu se envolver nelas?
Eu tomei conhecimento do CVV por uma entrevista que ouvi em uma rádio e na hora achei que era um trabalho belíssimo e de um assunto que merece ser falado e deixar de ser tabu. Perdemos diariamente pessoas para o suicídio e muitos ainda tratam o assunto rodeado de pré-conceitos e mitos. É preciso ampliar a discussão e estar atento para as pessoas ao nosso redor, com uma escuta fraterna e sem julgamentos.
Como você avalia a possibilidade de divulgar as atividades da ONG Centro de Valorização da Vida?
Extremamente positivo. Toda ONG tem seu trabalho de divulgação, porém conta muito com o trabalho de formiguinha dos voluntários e admiradores da sua filosofia.
Algum comentário ou mensagem para suas colegas da fase final e para a comunidade da FUNIBER?
Sim, queria parabenizá-las por terem feito essa caminhada junto comigo. Elas falaram sobre projetos muito importantes e que também tratam de assuntos essenciais. Se dedicaram a escrever, a pedir votos e contaram, assim como eu, com muitas pessoas que abraçaram sua causa. Então meu profundo respeito e admiração por essas colegas, que um dia eu possa ter o prazer de conhecê-las e dar um abraço carinhoso.
Gostaria de agradecer à Funiber a oportunidade e que a iniciativa continue sendo realizada e promovida, melhorando a cada ano e trazendo boas notícias para as pessoas e para o mundo. Precisamos de mais solidariedade e amor ao próximo.
Em que a ONG CVV investirá o dinheiro do prêmio?
O CVV tem muitas atividades e está presente em muitos postos espalhados pelo Brasil todo. Tenho certeza que destinarão o valor para o que for necessário para ampliar esse trabalho. Essa vitória não é mina ou do CVV, é das pessoas que um dia possam precisar de apoio emocional e terão a chance de serem ouvidas. Nós e seus familiares, não as perderemos para o suicídio.
Links relacionados: