Entrevista com Leandro Daniel Rozada, estudante argentino bolsista pela FUNIBER

Entrevista com Leandro Daniel Rozada, estudante argentino bolsista pela FUNIBER

O aluno de Argentina Leandro Daniel Rozada cursou, bolsista pela FUNIBER, a Especialização em Bioética Aplicada ao Campo Clínico e Experimental, titulada pela Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO).

O estudante acaba de ingressar no Comitê de Bioética Clínica do Hospital Regional Dr. Gutiérrez de Venado Tuerto (Argentina), trabalho que considera “uma honra”.

Leandro Daniel avalia o conteúdo multidisciplinar, a troca contínua de conteúdos ou os fóruns internacionais de discussão interativa como elementos enriquecedores de sua aprendizagem.

O aluno também explica o papel que desempenha como voluntário da Organização Mundial da Saúde (OMS): “meu trabalho é tão modesto quanto vital, há muitos anos, quando resolvi entrar em contato com o Dr. Halfdan Mahler, fundador da Atenção Primária à Saúde”.

Leia a entrevista completa a seguir:

 

O que o fez escolher a FUNIBER para o ensino superior?

A decisão foi esmiuçada levando em consideração uma avaliação aprofundada das opções de Especialização em Bioética que a Argentina oferece, algumas de excelente nível acadêmico, por meio de suas Instituições de Ensino Superior. Sem dúvida, a FUNIBER, com seu Programa Iberoamericano Interuniversitário, foi a alternativa que mais satisfez minhas expectativas..

 

O que você destacaria sobre sua experiência em estudos patrocinados pela FUNIBER?

Minha experiência de especialização em Bioética foi muito satisfatória, inclusive, com a aquisição após 10 meses do curso, de competências clínicas e deontológicas relacionadas bastante relevantes.

Destaco os conteúdos multidisciplinares, os fóruns de discussão internacionais hiperativos, a complementaridade em tempo real com a minha profissão de médico e a troca permanente de conteúdos pedagógicos com feedback altamente profissionalizado de professores de lugares distantes do mundo como Espanha, Portugal e, em particular, da minha tutora, Prof. Dra. Lidia Henríquez-Rigo.

Também valorizo a boa conectividade, via campus virtual, com alunos de outras disciplinas, como biologia e engenharia genética, e da mesma profissão que eu. Em relação aos temas, destaco a profundidade do material humanístico (Filosofia, Antropologia, Ética e Jurisprudência, Teologia, Hermenêutica e Sofrimento do paciente no final da vida, Cuidados paliativos e no final da vida).

Da área biológica destacam-se, com preponderâncias, os conteúdos de Biologia, Bioética e Biotecnologia, a cargo da Prof. Dra. Susana Martínez, da Universidade de León (Espanha). Pouco menos do que limitar os orçamentos da Metodologia da Investigação Científica, cujo estudo se deu ao nível das disciplinas de ciências duras que a ensinam, como Farmácia, Bioquímica, Física Médica, entre outras, pelo Prof. Dr. Almeida, de Portugal.

No final do curso e nos exames, chegou-se ao trabalho final ou tese, cujo trabalho significou um louvável objetivo pessoal: “Valores, Profesionalismo y Bioética aplicada”. É necessário que esse trabalho tenha dado frutos, com a enorme satisfação com que foi realizado academicamente, graças à orientação da Prof. Dra. Silvia Quer Palomas, da Catalunha (Espanha).

Hoje com orgulho, meu modesto trabalho busca contribuir a novos alunos ambiciosos de Ética Humana e Profissional, meu desejo de seguir o caminho do correto, o moral: uma medicina humanista como desejaram João Paulo II, Madre Teresa e nosso querido Dr. René Favaloro.

 

Em relação à metodologia de formação a distância, quais vantagens e desvantagens você acha que esse sistema tem?

A pedagogia virtual fundamenta-se na conectividade oferecida pelas novas tecnologias de informática aplicada, que não estão plena e equitativamente disponíveis para todos os alunos. Esse é um problema sério. Na ausência do professor em presença física, deduzo que o aluno pode não encontrar a correção adequada, a empatia pessoal desejada e ficar angustiado com o que a ausência do educador representa. Esse é um ponto fraco do sistema online.

Quanto à assimilação dos conteúdos, não há dúvida que, sem horas de dedicação e estudo, é impossível construir conhecimento e aplicá-lo a casos e problemas da vida profissional do médico.

 

Atualmente você faz parte do Comitê de Bioética Clínica do Hospital Regional de Venado Tuerto (Argentina). Como os conhecimentos adquiridos na Especialização o ajudam no seu dia a dia?

É uma honra ter sido convidado pela direção do Hospital Regional Dr. Gutiérrez da minha comunidade. Também é muito agradável ser acompanhado por colegas representantes de outras disciplinas.

A bioética é uma ciência biológica e humanística aplicada à resolução de questões éticas específicas. Um exemplo é: considere se um paciente com morte cerebral deve ser desconectado, para evitar sofrimento desnecessário da intervenção médica ou de privações terapêuticas ou familiares.

Recentemente, participei de um fórum de discussão sobre se é ética uma visita humanitária a pacientes hospitalizados para Covid-19.

 

Quais são as suas funções nesse novo trabalho no hospital?

Minha função é assessorar, como membro permanente fora do hospital como Bioeticista, o Comitê Multidisciplinar na busca de melhores propostas.

 

Qual é o seu trabalho como voluntário na Organização Mundial da Saúde (OMS)?

Meu trabalho é tão modesto quanto vital, há muitos anos, quando resolvi entrar em contato com o Dr. Halfdan Mahler, fundador da Atenção Primária à Saúde.

Posteriormente, me formei como agente de saúde, com a aprovação do órgão acima mencionado, e desempenhei tarefas muito diversas, desde integrar brigadas de bairro em Venado Tuerto (1990), até comissionamentos por uma dezena de países. Sempre o fiz como um colaborador ad honorem, com profundo sentido altruísta do serviço de saúde para todos.

Trabalhei na área de Serviços Públicos em Rosário (Argentina), ao mesmo tempo que me formava, primeiro, como Bacharel em Ciências Médicas na Universidad Nacional del Rosario (UNR), depois como Clínico Geral na UNR e, posteriormente, como Professor Universitário com competência para medicina, na Universidad del Centro Educativo Latinoamericano (UCEL).

Em 2017, passei por um período de profunda reflexão e introspecção, no qual concluí que tinha de aperfeiçoar as minhas competências profissionais e humanísticas, a exemplo do Dr. René Favaloro, na procura de meus semelhantes.

 

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